A comunicação alinhava os relacionamentos interpessoais nas Organizações

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Por Bete Masini – 

Em muitas das empresas e das instituições em que ministro cursos e palestras, uma certeza é a de que a comunicação é uma das principais ferramentas para o exercício de diversas atividades desenvolvidas pelos colaboradores. Entretanto, existe, com frequência, um gap entre esse reconhecimento da importância e o cuidado dispendido a ela pelas organizações.

Algumas dificuldades que a comunicação enfrenta no dia a dia profissional:

✓ Pouco trabalho em equipe

✓ Falta de envolvimento e de participação das pessoas

✓ Dificuldades de aceitar as diferenças (que geram incompreensões/ruídos)

✓ Excesso de informação – seja on-line ou falada

✓ A eterna falta de tempo – em especial para ouvir o outro; para reler o que escreve

✓ Inconsistência das mensagens/falta de clareza

✓ Dificuldade de personalizar as mensagens para os diferentes níveis de funcionários

✓ Falta de valorização da importância da comunicação no processo de planejamento da organização.

Mas…

A comunicação tem um papel estratégico no ambiente de trabalho. Se for compartilhada de forma adequada, traz várias vantagens à organização.

Um ambiente interno com qualidade é um processo, no qual se valorizam confiança, competência, comprometimento e credibilidade. Não dá para duvidar: a comunicação é a base para a construção desse ambiente!

É interessante observarmos a etimologia da palavra confiança: palavra de origem latina Confidentia, “confiança”, de Confidere, “acreditar plenamente, com firmeza”; formada por Com, intensificativo, mais fidere, “acreditar, crer”, que deriva de Fides, “fé”.

A confiança gera a credibilidade, que gera o comprometimento, o qual facilita o desenvolvimento da competência entendida como o equilíbrio entre o conhecimento técnico/acadêmico; a aplicação desse conhecimento no dia a dia do fazer profissional e o uso das habilidades humanas, as quais são comportamentais.

Algumas vantagens da comunicação

  1. Resolve conflitos internos.
  2. Ajuda o colaborador a desempenhar melhor suas atividades profissionais já que se sente motivado.
  3. Promove troca de informações entre áreas – o que facilita o andamento dos trabalhos.
  4. Promove um maior comprometimento entre as chefias e seus colaboradores e vice- versa.
  5. Oferece confiabilidade para o relacionamento entre os colaboradores.
  6. Cria laços importantes de companheirismo profissional.
  7. Cria espaço agradável e de confiança entre quem atende e o cidadão/o cliente.

Para que a comunicação possa atuar de forma eficiente, comportamentos precisam ser desenvolvidos e valorizados. Então, cada colaborador deve:

✓ Ouvir o outro. “Os dez mandamentos do Bom ouvinte: parar de falar para deixar o outro falar; deixar seu interlocutor, nos momentos em que ele fala, à vontade; demonstrar que deseja ouvir o que ele diz; evitar distrações; criar empatia com quem está falando; ser paciente; conter o próprio temperamento; amenizar as críticas (se não tiver certeza!); fazer perguntas pertinentes e parar de falar para deixar o outro falar”! (Li esse trecho em uma revista para entretenimento e fiz adaptações.)

✓ Respeitar os sentimentos e as ideias do outro – mesmo que não concorde com elas. Mostrar por que educadamente; usar argumentos convincentes; basear-se nos andamentos dos trabalhos – se possível. Evitar levar para o lado pessoal, pois isso é o grande gerador da famosa fofoca!

✓ Conhecer o “vizinho”! Ter interesse pelo trabalho do outro – afinal, na maioria das vezes, as atividades se entrelaçam. Trabalho em equipe é troca.

✓ Trocar informações profissionais para o bom andamento do trabalho: elas não podem ficar presas!

✓ Não ter medo de expor o que pensa. Mas cuidado: não é possível fazer pedido em momento inadequado – não é difícil perceber esses momentos! Não expor seus pares a situações de constrangimentos mesmo que tenha razão. Haverá o momento de conversar com eles a sós.

✓ Tentar manter tom de voz adequado às situações; nada de gritarias; nada de xingamentos; nada de apontar o dedo para o outro; nada de bater na mesa. Olhar nos olhos do interlocutor enquanto falar com ele. Quem tem argumentos convincentes diz; não grita.

✓ Aprender a dizer “Não” se percebe o acúmulo de trabalho: mas dizer antes com as justificativas! O “não deu para fazer” compromete o trabalho do grupo.

✓ Responder os e-mails/ as solicitações: esse é um dos grandes problemas nas organizações! Mesmo que seja para dizer que não é possível fazer o que foi solicitado, por exemplo. O descaso ao não responder cria situações bem desagradáveis e emperra o andamento dos trabalhos.

✓ Não ficar “grudado/a” no trabalho. Há momentos em que é necessário fazer outra atividade necessária ao andamento dos trabalhos da equipe.

✓ Evitar ser o(a) “bola murcha”: o eterno de mau humor; aquele(a) que critica tudo, mas que não propõe nada.

  • Participar das conversas, das reuniões de forma sincera e positiva; expor seus argumentos, suas ideias. Isso é contribuir positivamente.

As organizações e seus colaboradores – líderes e liderados – precisam compartilhar uma grande máxima: a comunicação alinhava os relacionamentos interpessoais saudáveis e produtivos. É preciso valorizar os espaços para a análise e para a discussão desse alinhavar.

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